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A arquitetura de Tolkien: Os Anéis do Poder

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Vemos a grandiosidade da obra de Tolkien detalhada nos livros e traduzidas nas imagens através das paisagens encantadoras e bucólicas que o autor imaginou. Mas observamos muita riqueza também nos ambientes internos e detalhes arquitetônicos e percebemos referências de diferentes estilos quando observamos os espaços da série Os Anéis do Poder.

Não existe um livro específico no qual a série tenha se inspirado. Foram coletadas informações dos chamados Apêndices de O senhor dos Anéis, que posteriormente foram reunidos e publicados no livro O Silmarillion.

Os espaços apresentam referências tanto da Arquitetura Gótica quanto do Art Nouveau, e podemos observá-las na cidade élfica de Lindon e em Númenor, reino dos Homens.

 

Arquitetura Gótica

Um elemento muito presente na cidade élfica é o arco ogival, característico da arquitetura gótica. Essa estrutura surgiu pra substituir o arco semicircular muito usado na arquitetura românica, e seu desenho forma um ângulo mais ou menos agudo na parte superior.

Geometricamente, o arco ogival é mais difícil de ser projetado. Mas possibilitou e execução de construções cada vez maiores, porque o formato que ele apresenta distribui melhor as forças, suportando melhor o peso da edificação. Por essa razão esse elemento é muito percebido em catedrais e igrejas, já que a altura era associada à proximidade com o céu.

Os elfos de Tolkien são descritos como altos e belos, parecidos com os Valar, outros seres criados pelo autor com poderes angelicais, como anjos. Os arcos ogivais altos e pontiagudos dialogam com o poder e grandiosidade do povo élfico, representado por uma arquitetura imponente.

 

Art Nouveau

O movimento artístico surgiu no final do século XIX e se destacou muito na arquitetura, mas também se manifestou na criação de móveis e adornos decorativos. O Art Nouveau apresenta como características linhas curvas assimétricas e delicadas, o prestígio das formas orgânicas, o uso de vidro e ferro, a natureza como inspiração, mosaicos e vitrais.

Também apresenta alguns traços do estilo barroco (como o uso do dourado e sensação de perpetuidade e grandeza) e do estilo rococó (como linhas curvas e design elegante).

Móveis como estantes, cabeceira de cama e luminárias presentes na sala de Celebrimbor e em outros espaços de Lindon apresentam essas características de forma marcante, como o desenho de folhagens e traços orgânicos. Detalhes percebidos também em Númenor: nas esquadrias e outros móveis no quarto do rei, no salão do Saber em outros espaços do reino.

As linhas curvas se inspiram nas linhas flutuantes e imprevisíveis da natureza, como raízes, caules e flores com a intenção de estabilizar algo que se move. O reino élfico vai além desse modo de criar seus espaços e permite a profunda integração da natureza e seus próprios traços, apresentando o verde em quase todos os seus espaços.

Resgatado características do estilo barroco, os aposentos de Númenor apresentam também a forte presença do dourado e sensação de infinidade e grandeza.

 

 

Cada enquadramento de Os Anéis do Poder pode ser uma grande fonte de inspiração! Abaixo conseguimos perceber a semelhança entre os espaços do reino élfico com A casa Souvay, projetada por Victor Horta no estilo Art Nouveu, localizada em Bruxelas.

 

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